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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Aprender as línguas de Luxemburgo



Muita gente depois de conseguir ou durante a luta para conseguir a cidadania se pergunta: como eu aprendo a língua local? Mais do que se virar localmente, a língua é um fator que permite a sua aceitação e integração dentro da sociedade luxemburguesa.

Luxemburgo tem 3 idiomas oficiais: Alemão, Francês e Luxemburguês. Formulários e informações governamentais geralmente existem em alemão e francês. Discussões e debates do poder legislativo geralmente acontecem no idioma do coração que é o Luxemburguês. O judiciário baseia-se integralmente em francês. A imprensa geralmente é em alemão.

Parece uma bagunça, não? É possível assistir um telejornal nacional acessando o site www.rtl.lu.  Não se surpreenda no jornal que é oficialmente transmitido em luxemburguês, que hora ou outra apareça alguém falando francês e/ou alemão. Pulam de um idioma para outro muito naturalmente. Devido a multiculturalidade, é possível ver este mesmo jornal com legendas em francês.

Nos supermercados é comum que no caixa apareçam algumas bandeirinhas, indicando o idioma falado pelo caixa. Às vezes até tem português!

Até onde pude apurar, aprendendo o francês seria mais do que suficiente para ter uma vida “normal” em Luxemburgo. Algumas empresas estabelecidas ali até falam inglês no ambiente de trabalho e meu julgamento de que o francês é a melhor escolha para uma vida “normal”, justifica-se pelo fato deste idioma ser amplamente usado pelas empresas e comércios e governo. Alia-se o fato que o francês é uma língua de raiz latina e com isso mais fácil de aprender do que uma língua anglo-saxônica como o alemão e o Luxemburguês.

Mas afinal o que é o Luxemburguês? Eu defino como um dialeto misturando alemão e holandês. Tem palavras herdadas do francês também para completar o mix. O meu julgamento é que será uma língua extinta no futuro por conta dos enormes vizinhos que puxam culturalmente os seus respectivos idiomas. (Alemanha e França). Não chega a 300.000 falantes no mundo. Mas, é a língua do coração do luxemburguês. Só o tempo confirmará esta minha previsão.  Atualmente é a língua mais falada nas casas dos luxemburgueses. É difícil encontrar o luxemburguês escrito.  Esta língua até a poucas décadas nem tinha uma ortografia e gramática oficial.

Mesmo assim quer aprender o luxemburguês e ficar mais parecido com um local?

Existem alternativas para estudar remotamente:
1)      WWW.ELEARNING.LU um site com aulas direcionadas para quem fala francês ou inglês. FREE
2)      www.vdl.lu (lëtzbuergesh léiren mat MP3) curso com apostila e áudio (30 lições) criado pela municipalidade da cidade de Luxemburgo. FREE
3)      www.learnluxembourgish.com curso criado por uma luxemburguesa que mora no Canada e criou um livro/série para ensinar este idioma para quem fala inglês. Tem aula vip , mas é privado e tudo é cobrado.
4)      www.youtube.com Existem alguns vídeos ensinando o idioma FREE
5)      www.rtl.lu No site da TV local, tem uma opção para assistir o REPLAY de programas e lá é possível assistir o JOURNAL com legendas em francês.  FREE

Vai residir em Luxemburgo? Existe a opção de cursos oferecidos pelo INL (Instituto nacional de línguas) que inclusive se propõe a dar um certificado de Luxemburguês como idioma estrangeiro, inclusive para aqueles que residem pelo prazo definido e querem se naturalizar luxemburgueses.

Recursos para aprender francês e alemão são abundantes, desde escolas tradicionais até cursos on-line.  Falar alemão é mais “perto” do luxemburguês, mas é mais difícil de aprender. Falar francês é mais fácil e já dá possibilidades profissionais fantásticas. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Apostila de Haia, o que muda ?




Uma ótima noticia para desburocratizar. A adesão do Brasil a convenção de Haia onde os documentos públicos ficam com validade internacional sem precisar de legalizações daqui e dali.

Ela entra em vigor a partir de 14 de agosto de 2016. A partir desta data o Itamaraty nem seus escritórios regionais vão legalizar documentos que se destinem a paises signatários desta convenção.

Todo documento público terá a opção de receber a apostila (selo) que já o identifica como legal. Portanto, aqui vai ima informação importante. Documentos que serão traduzidos com tradução juramentada já deverão ter esta apostila para que apareça a mesma na tradução.

Após a tradução juramentada, deverá ser feita a apostila da tradução, com o selo confirmando que se trata de um tradutor juramentado OU pelo menos da assinatura do mesmo, desde que seja reconhecida em cartório. (neste caso vai ser apostilada o sinal público do reconhecimento de firma)
De acordo com a informação da ANOREG/SP o correto é emitir, traduzir e depois apostilar o documento + assinatura do tradutor.

Uma vez feita a tradução os documentos são inteiramente válidos para enviar diretamente ao exterior.

O Conselho Nacional de Justiça prometeu que até o início de 2017 as cidades do interior passarão a contar com este serviço que inicialmente ficará restrito as capitais do país.

Quanto custará?

Analisando a texto da lei fala que o custo será o mesmo de uma procuração sem valores econômicos. Quanto custa isto nos cartórios hoje? Cerca de R$ 70,00.

Será que o governo e os cartórios vão faturar com isso?

Ao longo dos próximos dias atualizaremos as informações.

Saiu uma lista bem legal de informações sobre a apostila no site da Associação dos Notários e registrados de SP. vale a pena ver. link: http://www.anoregsp.org.br/index.php?pG=X19leGliZV9ub3RpY2lhcw==&in=NDM0Mw==

Uma coisa que me chamou a atenção foi que está escrito lá para emitir o documento, traduzir e apostilar o DOCUMENTO e também a assinatura do tradutor. (contradiz o que comentei antes)